Para a agricultura, o preparo do solo é um dos mais importantes e indispensáveis de todo o processo de plantio, além de ser uma das fases que mais exige investimento e tempo para a produção agrícola. Um solo com boas condições físicas e bem nutrido é fundamental para que a lavoura seja produtiva e com qualidade. Devido a este contexto, é importante que se entenda as diferenças e características do plantio convencional e plantio direto.
Eles são tipos diferentes de preparo diferentes e que têm suas vantagens e também suas desvantagens, por isso divide tantas opiniões entre os produtores rurais. Hoje, vamos abordar neste artigo, o que é e quais são as características de cada tipo de plantio para que você possa escolher qual é o ideal para a sua lavoura.
O preparo convencional: são práticas tradicionais para o preparo do solo e, de modo geral, é o método mais usado nas hortas domésticas, mas também alcança grande espaço nas lavouras comerciais. Neste método de preparo, é realizada a remoção de toda a vegetação do terreno por meio da aração e gradagem. Essas técnicas são utilizadas para facilitar o desenvolvimento das raízes das plantas.
Durante essa etapa, pode haver a utilização de cal para corrigir a acidez do solo, além da aplicação de defensivos agrícolas para eliminar plantas daninhas e outras pragas. Após este processo, ocorre a semeadura. Durante o desenvolvimento do plantio é necessário seguir os cuidados com solo, através da capina e do uso de defensivos e fertilizantes.
O preparo direto: surgiu na década de 1990 e, hoje, se tornou uma das alternativas utilizadas em boa parte das lavouras comerciais do Brasil. Para este preparo, é realizada a remoção de toda a vegetação existente na área, porém, a terra removida por meio da aração e da gradagem, são dispensadas neste processo, pois a ideia desse método é utilizar os resíduos vegetais para cobrir o próximo cultivo. Dessa forma, o preparo do solo é realizado apenas para evitar a compactação e para que seja aplicado os defensivos agrícolas e cal se necessário.
Após essa etapa, são espalhados os restos culturais por toda a área para que, posteriormente sejam abertos os sulcos onde as sementes e os fertilizantes são depositados e fechados para finalizar o processo.
As vantagens e desvantagens do plantio direto e do convencional:
Plantio Convencional
Prós:
- Aumento da mineralização dos componentes orgânicos pelos micro-organismos;
- Aumento da aeração e da infiltração de água do solo;
- Destruição de plantas daninhas e sementeiras;
- Nivelamento da superfície do solo para facilitar as operações de semeadura, cultivo e colheita;
- Incorporação de fertilizantes, corretivos e matéria orgânica (maior decomposição de adubos orgânicos e restos vegetais).
Contras:
- O revolvimento intensivo diminui a fertilidade do solo;
- Favorecimento da erosão em solos declivosos;
- Aumento da necessidade de efetuar tratos culturais, principalmente capinas;
- O tempo de preparo do solo é maior que para outros sistemas;
- Maior necessidade de uso de implementos, aumentando os gastos com combustível além de outros;
- Mobilização contínua do solo pode provocar o aparecimento de uma camada compactada, dificultando a infiltração de água e o crescimento de raízes;
- Solo altamente suscetível à erosão. Devido a este problema, deve ser complementado com práticas de descompactação.
- Plantio direto
Prós:
- O plantio direto possui vantagens bem evidentes, como:
- Controle da erosão;
- Elevação da matéria orgânica disponível no solo;
- Reparação na estrutura do terreno;
- Diminuição da perda de água da terra;
- Equilíbrio na temperatura do solo;
- Aumento da atividade biológica;
- Minimização das operações com maquinários;
- Mais controle sobre a semeadura;
- Essas vantagens são possíveis porque o solo é mantido sem revolvimento, o que garante um nível menor de oxidação da matéria orgânica. Em outras palavras — o solo fica livre de contaminações e consegue preservar seus nutrientes.
- Além disso, a palha e os restos de materiais também isolam a superfície, o que evita oscilações altas de temperatura durante o dia.
Contras:
- Maior incidência de pragas;
- Aumento no uso de defensivos;
- Dificuldade de germinação de sementes em épocas úmidas;
- Menor adaptação de maquinário;
- Problemas com a compactação do solo;
- Maior controle sobre as plantas daninhas.
Para evitar esses pontos negativos, o recomendado é eliminar todas as pragas e atentar-se para as possíveis correções do solo.
Como vimos, a diferença entre plantio convencional e plantio direto impacta em vários fatores para a lavoura. Por isso, é importante analisar bem os prós e os contras de cada método para escolher o mais adequado às espécies cultivadas e às características do terreno e do clima em que você planta. Com isso, as chances de ter mais produtividade e qualidade no campo só aumentam!